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2012 - Livro Vermelho 2013

Sloanea hirsuta (Schott) Planch. ex Benth. LC

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 07-05-2012

Criterio:

Avaliador: Rafael Augusto Xavier Borges

Revisor: Miguel d'Avila de Moraes

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

S. hirsuta apresenta ampla distribuição no país e ocorre em mais de 15 unidades de conservação (SNUC), sendo bem amostrada ao longo de sua distribuição.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Sloanea hirsuta (Schott) Planch. ex Benth.;

Família: Elaeocarpaceae

Sinônimos:

  • > Sloanea monosperma ;
  • > Sloanea riparia ;
  • > Sloanea ochrocarpa ;
  • > Dasynema hirsutum ;
  • > Dasynema riparium ;

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

Descrita em J. Proc. Linn. Soc., Bot. 5(suppl.2): 70. 1861. Espécie apresenta geralmente porte reduzido, com sapopemas pouco desenvolvidas e frutos cobertos por cerdas curtas e adensadas. A arquitetura da copa é bastante característica, com galhos tortuosos, pendentes, comumente cobertos por muitos epífitos (Silveira, D.S., 2009).

Distribuição

Endêmica do Brasil; ocorre nos Estados da Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Sampaio, 2012).

Ecologia

Caracteriza-se por árvores ou arbustos, de 1,5-20 m de altura; floresce de dezembro a março, e frutifica ao longo do ano, com picos de maio a novembro (Silveira, 2009).

Ameaças

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes A Mata Atlântica já perdeu mais de 93% de sua área e menos de 100.000 km² de vegetação remanesce. Algumas áreas de endemismo, como Pernambuco, agora possuem menos de 5% de sua floresta original. Dez porcento da cobertura florestal remanescente foi perdida entre 1989 e 2000 apenas, apesar de investimentos consideráveis em vigilância e proteção. Antes cobrindo áreas enormes, as florestas remanescentes foram reduzidas a vários arquipélagos de fragmentos florestais muito pequenos, bastante separados entre si. As matas do nordeste já estavam em grande parte devastadas (criação de gado e exploração de madeira mandada para a Europa) no século XVI. As causas imediatas da perda de habitat: a sobrexplotação dos recursos florestais por populações humanas (madeira, frutos, lenha, caça) e a exploração da terra para uso humano (pastos, agricultura e silvicultura). Subsídios do governo brasileiro aceleraram a expansão da agricultura e estimularam a superprodução agrícola (açúcar, café e soja). A derrubada de florestas foi especialmente severa nas últimas três décadas; 11.650 km² de florestas foram perdidos nos últimos 15 anos (284 km² por dia). Em adição à incessante perda de hábitat, as matas remanescentes continuam a ser degradadas pela extração de lenha, exploração madeireira ilegal, coleta de plantas e produtos vegetais e invasão por espécies exóticas (Tabarelli et al., 2005).

Ações de conservação

1.2.1.3 Sub-national level
Observações: Espécie considerada "Vulnerável" (VU) pela Lista vermelha da flora do Espírito Santo (Simonelli; Fraga, 2007).

4.4.3 Management
Observações: Espécie ocorre em unidades de conservação (SNUC): Reserva Chico Mendes, no estado do Acre; RPPN Serra do Teimoso e Reserva Biológica do Mico-Leão, na Bahia; Estação Biológica de Santa Lúcia, Reserva Biológica Augusto Ruschi e Estação Biológica da Caixa D'Água, no Espírito Santo; Parque Nacional do Araguaia, em Goiás; Estação Experimental Coronel Pacheco e Reserva Biológica Represa do Grama, em Minas Gerais; Parque Municipal Dasinger Hof, Parque Estadual Mata dos Godoy, Parque Municipal Arthur Thomas, Área de Proteção Ambiental Porto Basílio e Estação Ecológica do Ilha do Mel, no Paraná; Parque Nacional da Serra dos Órgãos, Estação Ecológica Estadual do Paraíso, Parque Nacional do Itatiaia, Reserva Ecológica de Macaé de Cima, Reserva Biológica do Tinguá, Área de Proteção Ambiental do Cairuçú, Reserva Biológica da União, Parque Estadual da Pedra Branca e Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro; Reserva Florestal da Boa Vista, RPPN Prima Luna, Estação Ecológica de Angatuba, Parque Estadual do Jacupiranga, Parque Estadual Intervales, Estação Ecológica Juréia-Itatins, Parque Estadual da Serra do Mar, Estação Biológica do Alto da Serra de Paranapiacaba, Parque Estadual de Carlos Botelho, Estação Biológica de Boracéia, Parque Estadual Ilha do Cardoso, Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira, Parque Estadual da Cantareira e Parque Estadual Chico Mendes, em São Paulo; e Parque Nacional do Araguaia, em Tocantins (CNCFlora, 2011).

Referências

- SAMPAIO, D. Sloanea hirsuta in Sloanea (Elaeocarpaceae) in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB103503>.

- NADRUZ, M.A.; SAMPAIO, D. Elaeocarpaceae. In: STEHMANN, J.R.; FORZZA, R.C.; SALINO, A. ET AL. Plantas da Floresta Atlântica. p.240, 2009.

- TABARELLI, M.; PINTO, L.P.; SILVA, J.M.C.; ET AL. Desafios e oportunidades para a conservação da biodiversidade na Mata Atlântica brasileira., Megadiversidade, p.132-138, 2005.

- SILVEIRA, D.S. Revisão taxonômica das espécies neotropicais extra-amazônicos de Sloanea L. (Elaeocarpaceae) na América do Sul. Doutorado. Campinas: Universidade Estadual de Campinas, 2009.

- Base de Dados do Centro Nacional de Conservação da Flora (CNCFlora). Disponivel em: <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/>. Acesso em: 2011.

- SIMONELLI, M.; FRAGA, C. N. Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo. Vitória, ES: IPEMA, 2007. 144 p.

Como citar

CNCFlora. Sloanea hirsuta in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Sloanea hirsuta>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 07/05/2012 - 13:48:49